terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

Projeto Férias: Leitura - parte 1

   Sempre tive um pouco de preconceito sobre Sebos de livros. Tenho um carinho e um cuidado enorme com os meus exemplares e achava que alguém só poderia doar um volume, se ele já estivesse cheio de pó, com cheiro de mofo e comido por traças. Mas hoje me surpreendi, e MUITO a respeito.
   Já fazia um tempo que eu andava precisando me desfazer de livros do ensino fundamental/ médio. E só entrei na Livraria Metrópole, pra perguntar se eles tinham interesse nos meus antigos livros de escola. A parte melhor de toda essa história é que a preconceituosa aqui, se rendeu aos encantos de um salão repleto de livros INCRÍVEIS.
   Além da loja ser bem organizada, a vendedora me atendeu muito bem e teve uma super paciência em me explicar onde começava e terminava cada seção e além de tudo uma loja muito limpa, entrei e sai sem dar nenhum espirro (mais um ponto contra a preconceituosa aqui que achava que sebo só podia ter livro velho, fedido e que ganharia uma bela crise de renite até o final do dia) Não preciso dizer que sai de lá com a sacolinha cheia e com troco no bolso. (Alô, Livrarias Caréssimaaaas!)

Comprei:
Eurico, o presbítero - Alexandre Herculano
A Letra Escarlate - Nathaniel Hawthorne
Otelo, o Mouro de Veneza - William Shakespeare
O morro dos ventos uivantes - Emily Brontë
O Caçador de pipas - Khaled Hosseini


Eurico, o presbítero: Alexandre Herculano foi um dos nomes mais significativos da literatura e da história em Portugal no século XIX. Liberal e romântico, nele a lucidez e a consciência moral estão sempre presentes e atuantes. Eurico, o presbítero (1844) é uma de suas obras fundamentais. A narrativa é um emocionante romance épico de cavalaria em que o personagem Eurico se vê forçado a escolher entre o amor, à sua pátria e a fé em Deus.

A letra Escarlate: Hawthorne desce aos segredos do subconsciente reprimido, à tensão dos impulsos contraditórios, à angústia que transita da inocência à perversidade. É um moralista da ambiguidade, estilista que se expõe em recortes autobiográficos profundos.

Otelo, O Mouro de Veneza: Peça de 1604 que é centrada nas paixões, conflitos e contradições da natureza humana: o ciúmes e a vingança. Otelo é um nobre mouro e soldado de fortuna, cujo valor o elevou ao posto de general. O herói da tragédia é chamado a enfrentar o impossível e a morrer sem esperança de recompensa - o ciumento mouro estrangula a inocente Desdêmona.


O Caçador de pipas: O livro de estreia de Khaled é uma narrativa insólita e eloquente sobre a frágil relação entre pais e filhos, entre os seres humanos e seus deuses, entre o homem e sua pátria. Uma história de amizade e traição. Amir e Hassan cresceram juntos, exatamente como seus pais. Apesar de serem de etnias, sociedades e religiões diferentes. O laço que os une é muito forte: mamaram do mesmo leite, e apenas depois de muitos anos Amir pôde sentir o poder dessa relação.


O morro dos ventos uivantes: Na fazenda chamada Morro dos Ventos Uivantes nasce uma paixão devastadora entre Heathcliff e Catherine, amigos de infância e cruelmente separados pelo destino. Mas a união do casal é mais forte do que qualquer tormenta: um amor proibido que deixará rastros de ira e vingança.

Espero que tenham gostado das dicas. *
beijobeijo*

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Colaboração: Controle de qualidade

  Sempre me senti um pouco deslocada de todo mundo. Só agora comecei a entender o porque.
  Quando tenho um tempo livre, eu sempre faço coisas que gosto. Escrevo, leio, arrumo as minhas coisas e cozinho e, o mais importante, eu sempre tiro um tempo para pensar. Seja antes de dormir, seja deitada no chão enquanto a brisa refrescante entra pela janela do meu quarto, seja arrumando as minhas coisas, sempre tiro um tempo para pensar nas coisas que me incomodam/me incomodavam. E, às vezes, consigo chegar a alguma linha de pensamento que faça com que eu entenda um pouco melhor as coisas que estão a minha volta.
  Esses dias, eu estava pensando sobre os meus amigos e sobre as pessoas que eu tenho em volta e que eu posso contar. Cheguei a conclusão que não são muitos. Na verdade, são bem poucos. É um pouco triste, pois conheço muitas pessoas e gostaria de confiar nelas, de forma que eu pudesse contar com algumas delas quando algo desse errado.
  Confiança. Acho que finalmente cheguei no assunto desejado. A verdade é que eu sepre tive problemas para confiar nas pessoas. Eu sempre fico um pouco desconfiada das pessoas e acabo esperando o pior de cada uma, antes de começar a confiar. E depois quando começo a confiar, eu tento não esperar mais nada daquela pessoa. Não espero ajuda, não espero presentes e não espero "feliz aniversário"/"feliz natal"/"feliz ano novo" e nem nada do tipo. Eu tento não esperar nada da pessoa. Tento não esperar que essa pessoa vá me ligar só para contar novidades, tento não esperar aquelas amizades que vimos em filmes. E, só assim, eu consigo confiar plenamente nessas pessoas.
  Admito que nem sempre esse método dá certo. De algumas pessoas, eu acabo sempre esperando alguma coisa. Um abraço quando me vê, a resposta de uma mensagem, a certeza de ter alguém que limpe as minhas lágrimas. Acabo sempre esperando isso de algumas pessoas. 
  Sim, estou sendo contraditória. Mas é só porque eu amo mais essas pessoas do que as outras. Eu amo elas como se fossem da minha família, como se tivessem saído de mim, como se eu fosse morrer se essa pessoa não estivesse ao meu lado. Não literalmente. Já é o suficiente alguém me mandar uma mensagem me perguntando como eu estou, é o suficiente saber que essa pessoa se preocupa comigo como eu me preocupo com ela.
  No final, eu sempre acabei não tendo muitos amigos, sempre acabei me aproximando de mais de uma só pessoa e me sentindo sozinha quando a pessoa, por exemplo, faltava na escola. Sempre parecia que estava faltando alguma coisa, como se um pedaço de mim tivesse sido tirado. Mas com outras pessoas eu não me sinto assim.
  Sempre me culpei por poder contar nos dedos a quantidade de pessoas que eu sentia falta no meu dia-a-dia. Sempre me culpei, sempre me senti mal por isso. Mas nos meus últimos tempos livres, eu estava pensando... A pessoa que eu não sinto falta, provavelmente também não sente a minha. Então aquilo nunca foi uma verdadeira relação de amizade e sim uma coisa entre colegas.
  Eu nunca fui falsa com nenhum deles. Nunca mesmo. Quando eu me preocupei com eles, eu realmente me preocupei. Quando eu ajudei, eu realmente quis ajudar. Mas no final do dia, eles faziam a diferença por estarem lá, mas não me preocuparia se eles não estivessem.
  Se você está lendo este texto e não tem muitos amigos, pare e pense. Acho muito melhor ter poucos amigos do que muitos colegas. Porque os amigos realmente se importam com você. Os amigos te ligam caso você não possa ir a uma viagem que todos vão só para dizer que  estão sentindo sua falta e que não é a mesma coisa sem você, os amigos te ligam quando você está doente, só para saber se você está melhor, os amigos não esquecem do seu aniversário, mas o mais importante, quando você achar que está sozinho e começar a chorar, lá estarão os seus poucos amigos, te abraçando e te dando todo aquele carinho que eles tem por você. 
  Faça um controle de qualidade nas pessoas que você conhece. E fique sempre com as melhores.

Por: Beatriz Hirata do Energia Que Contagia